Roteiro San Pedro do Atacama (Chile): visita ao Geyser del Tatio e Vale de la Luna


Já pensou em visitar um geyser? E que tal passar uns dias num local que possui caracaterísticas semelhantes a superfície da lua? Pois tudo isso é possível pra quem viaja a San Pedro do Atacama. Confira!

 

Acordamos às 4h20 da madrugada, pois a van da agência passa as 5h da manhã. San Pedro do Atacama costuma fazer calor durante o dia, mas como todo deserto, quando não há sol, faz muito frio. O passeio ao Geyser foi o mais frio de todos que fizemos. Mesmo com várias calças, blusa de segunda pele, cachecol, luva, sentimos muito frio.

Saímos de 2300 metros de altitude em San Pedro do Atacama para cerca de 4600 na região dos Geysers. A estrada até os geysers não é asfaltada e só deve ser feita por quem conhece. De madrugada no meio do deserto, não vai querer se aventurar e se perder. Alguns trechos a van cruza um rio… Não recomendo comer nada para não passar mal no caminho, devido à altitude. Só tomar água. O trajeto leva verdade 1h30 e custou 10 mil pesos chilenos para entrar no local dos geysers.

Como é o passeio nos Geyser del Tatio

A temperatura na região dos geysers é de -4 graus no verão a até -15 no inverno. Compraremos roupas de neve na Decathlon e foi o melhor preço que encontramos (jaquetaa, fleece e segunda pele).

Para esse passeio contratamos a agência Tour Connection, que foi a que ofereceu os melhores preços. Se fechar todos os passeios numa mesma agência você pode pedir desconto. Pode pedir pois todas fazem isso. Gostamos da agência e da guia chamada Nadja.

Após chegar ao local do estacionamento, subimos caminhando alguns metros alcançando quase 3 mil metros de altitude, por 1h30 de caminhada. A guia realiza paradas frequentes para subir lentamente para não passar mal. Chegamos com menos 9 graus e a guia informou que até o fim da subida baixaria mais uns 4 graus. Não recomendado usar pau de selfie. Chegamos ao geyser por volta de 7h. Nossa guia nos instruções de segurança e um pouco da história do local. Após algumas fotos, o café é servido por volta das 8h30.

 

Como são formados os geysers?

Os geysers são formados por pequenas fissuras no solo, resultantes do encontro da água que tem contato com as rochas vulcânicas em alta temperatura. Esse encontro resultado em evaporação e sobe violentamente. É bonito, mas perigoso. Perguntei a guia sobre quando foi o último acidente fatal: havia ocorrido há cerca de 2 anos antes da minha viagem. 😐

Geyser del Tatio fica do lado do vulcão Tatio. Cerca de 6km abaixo tem larva vulcânica, depois acima uma camada de rochas, seguida por uma camada de água fervendo e depois mais rochas que já é o solo onde pisamos.

Existem marcações com rochas vermelhas dos limites que podemos acessar com segurança. O último acidente fatal foi em 2015. Não se deve chegar perto da água e das fumaças pois são muito quentes.

O solo rochoso está sempre se modificando pelas águas quentes, então novos geysers podem se formar. Se visitar hoje e voltar novamente daqui 1 ano, os geysers que serão vistos serão diferentes.

Minha conclusão: é bonito de ser ver. Algo que já havia visto na TV em programas como Globo Repórter e programas de viagens. Nos faz pensar sobre a grandeza e força da natureza. Valeu a pena. Mas não esperava tanto perrengue com frio, altitude, horários, etc.

Povoado Machuca e o churrasco de llama

Depois dos geysers passamos pelo povoado de Machuca, com apenas 3 famílias de pastores. Nesse local é vendido churrasco de carne de lhamas. Há também empanada de queijo de cabra. No local há também várias lhamas, coisa que não se vê todo dia. Depois passamos por um vale de pedras, que eram larvas expelidas pelo vulcão há muitos anos.

Voltamos por volta de meio dia. Tempo para passar no hotel e descansar um pouco.

Vale de la Luna

No horário da tarde escolhemos conhecer o Vale de la Luna. É possível visitar de manhã também, mas a cereja do bolo desse passeio é apreciar o por do sol, portanto se puder optar, recomendo escolher a tarde.

O Vale de la Luna é um deserto com formações, passeio pela caverna (leve uma lanterna ou seu celular para iluminar). Há ainda uma visita a mina de mineiros que extraíam sal e foi desativada. Tiramos foto no anfiteatro. O passeio custou 3000 pesos para entrar por pessoa.

Para chegar, usamos a van da agência, mas é possível ir de bicicleta para os mais dispostos. O guia ajuda a contar as histórias do local e parar nos pontos certos, além das instruções de segurança. O local recebeu esse nome por ser uma superfície que parece a lunar. Tanto é que foi aqui o local escolhido pela NASA para fazer testes com robôs que seriam enviados a lua.

O guia alerta que deve se tomar cuidado para não chegar perto da borda dos abismos/penhascos, pois como estamos numa região de cordilheira, que foi resultante do choque das placas tectônicas, existem constantes tremores de terra (a maioria imperceptível), e por isso, pode ser perigoso pelos tremores e pedras soltas ou escorregadias.

Depois de caminhar e admirar o local, todos se reúnem na Pedra do Coiote para ver o por do sol. Além de lindo, pode-se ver a Cordilheira dos Andes mudando de cor com o por do sol. O céu mudar de cor e é realmente lindo. Após o por do sol, o calor desaparece instantaneamente e conhecemos o frio do deserto. Todos correm para se agasalhar e voltamos a região central de San Pedro do Atacama.

 

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Sobre Pedro

Apaixonado viajar e falar sobre viagem. De tanto que gosta do tema, resolvi fazer esse blog para contar sobre as viagens que fiz e as que estou planejando fazer. Fui a mais lugares do que já pensei que pudesse e a menos do que gostaria. Quando mais diferente a cultura, mais interessante fica a viagem. Além de “Disneymaníaco”, gosto especialmente de conhecer as mais diferentes culturas e pessoas.

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