Febre Amarela: vacina e como obter o Certificado Internacional


Febre Amarela: vacina e como obter o Certificado Internacional

A vacina da febre amarela passou a tomar conta do noticiário recente no Brasil após alguns casos de mortes, porém existe há bastante tempo e é especialmente conhecida para viajantes ao exterior. No Brasil, os surtos de febre amarela atacaram os estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia fizeram com que a Nicarágua, o Equador e a Venezuela requisitassem a vacina contra a febre amarela aos imigrantes e turistas que estão chegando no país. Isso acontece desde o começo do ano e foi decretado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O que pouca gente sabe é que mesmo que você não vá viajar para um desses países porém utilizar um voo que tenha rota com escala/conexão neste local, a vacina não só é recomendada, como exigida. Suponha que você saia de São Paulo com destino aos Estados Unidos, com escala em Bogotá, na Colômbia. Mesmo que fique apenas poucas horas nessa escala, a vacina de febre amarela é obrigatória e o turista pode ser deportado dos Estados Unidos, antes mesmo de entrar no país.

Para evitar esse problema e manter-se prevenido contra o vírus, a saída é simples: tomar a vacina. Além de tomar a dose completa, é preciso solicitar a Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) o certificado de vacina internacional de febre amarela, com alguns dias de antecedência.

Sobre a dose completa: a dose obrigatória valida internacionalmente é a dose “completa” que vale para a vida inteira (aplicação única). Para resolver o problema de falta de vacina que ocorreu em alguns meses em regiões do Brasil, o governo brasileiro fracionou a vacina em doses menores, validas para alguns anos. Com isso, quem tomou essa vacina com dose fracionada esta prevenido contra o vírus por alguns anos, porém é importante ressaltar que não é valido para viagens ao exterior.

Mesmo que na região em que você more esteja sendo aplicada a vacina com dose fracionada, basta informar que irá viajar ao exterior e pedir a dose completa. Após isso, solicite o certificado internacional de vacinação da febre amarela junto a Anvisa.

Outro ponto importante é a antecedência da vacina em relação a viagem: a vacina precisa ser tomada com no máximo 10 dias antes da data de inicio da viagem, pois caso contrário, o turista não estará completamente imunizado.

Como tomar a vacina da febre amarela para viajar para o exterior?

O Brasil oferece, através do Ministério da Saúde, uma dose da vacina contra a febre amarela em todas as cidades do país através do SUS. Essa vacina é regulada e controlada pela Organização Mundial de Saúde. No meio do ano de 2016, a OMS alterou as normas em relação ao turismo e viagens dos brasileiros. Essa mudança trocou a dose da vacina, permitindo que uma única vacina garanta a imunidade durante a vida inteira do vacinado. Antes, a vacina tinha que ser renovada a cada 10 anos.





Existem efeitos colaterais? E se eu não puder/conseguir tomar a vacina?

Depois de aplicada, a vacina da febre amarela pode causar efeitos colaterais como dor de cabeça, mal estar e até mesmo febre. Caso você vá viajar, não é recomendável que você seja vacinado(a) se estiver grávida, ter imunodepressão ou reações alérgicas a determinados compostos que estão na vacina. No caso de cumprir em algum dos itens citados, você pode pedir um atestado médico assinado na língua inglesa e apresentar no momento da imigração do país. No entanto, fica a critério do país destino aceitar ou não o seu atestado. No site da Anvisa está disponível um modelo de atestado médico para tomar como guia e fazer o seu.

Qual o certificado para mostrar que fiz a vacina?

Certificado de vacina – febre amarela

O Certificado Internacional de Vacina, mais conhecido como carteira de vacinação internacional, só pode ser retirado para alguém que está com uma viagem agendada para um país que têm como requisito a vacina da febre amarela para a imigração. Para fazer o certificado você deve comparecer ao COV mais próximo com seu RG ou passaporte e o comprovante da viagem, que neste caso, pode ser até mesmo uma passagem. Aos menores de idade, a Certidão de Nascimento deve ser apresentada também.

Quais países exigem a vacina contra a febre amarela?

Os países que exigem a vacina contra a febre amarela podem ser divididos em dois conjuntos: os países que controlam o certificado dos seus turistas e imigrantes e os países que fazem isso somente quando o turista ou imigrante vem de alguma área de risco da doença. Se você comprar dólar australiano, sair do Brasil e ir à Austrália, você precisará mostrar a sua carteira de vacinação internacional. Mas se viajar da Austrália para a Nova Zelândia, por exemplo, você não precisa apresentar documento nenhum.

O fato é que tudo depende do país que você viajará: o controle sobre os imigrantes e turistas varia de nação para nação. Em alguns casos a carteira de vacinação é exigida antes de embarcar no avião para fazer a viagem ao país. Em outros países a carteira nem mesmo é requisitada.

Para saber se o seu país destino exige ou não a vacina contra a febre amarela você pode procurar na lista da Organização Mundial da Saúde. Se o país que você irá visitar está na lista, é sempre bom se prevenir fazendo sua carteira de vacinação e a vacina da febre amarelo.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde disponibiliza a lista de países que são áreas de risco da febre amarela. Outras doenças como meningite e malária também têm suas prevenções e recomendações contra elas feitas pela OMS. A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, disponibiliza a lista da organização internacional completamente traduzida.




Lista de países que exigem vacina contra a febre amarela

Conforme citado anteriormente, os países podem ser divididos de duas formas: os que pedem o certificado de todos os viajantes, independente do país que esses vêm e os que requisitam o certificado/carteira de vacinação dos viajantes que vêm de países com risco de febre amarela.

Os países da primeira categoria são: Angola, Burundi, República Centro-Africana, Congo, Costa do Marfim, República Democrática do Congo (ex-Zaire), Guiana Francesa, Gabão, Gana, Guiné-Bissau, Índia, Libéria, Mali, Níger, Serra Leoa, Suriname e Togo.

Os países da segunda categoria são: Afeganistão, África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Argélia, Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barein, Bangladesh, Barbados, Belize, Benin, Butão, Bolívia, Bonaire, Botsuana, Brunei, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Camboja, Cazaquistão, Chade, China, Cingapura, Colômbia, Coreia do Norte, Costa Rica, Cuba, Curaçao, Djibuti, Dominica, Egito, El Salvador, Eritreia, Etiópia, Fiji, Filipinas, Gâmbia, Granada, Guadalupe, Guatemala, Guiné, Guiné Equatorial, Guiana, Haiti, Honduras, Ilhas Pitcairn, Ilhas Salomão, Indonésia, Irã, Iraque, Jamaica, Jordânia, Kiribati, Laos, Lesoto, Líbia, Madagascar, Malawi, Malásia, Maldivas, Malta, Martinica, Mauritânia, Maurício, Mayotte, Montserrat, Moçambique, Myanmar, Namíbia, Nauru, Nepal, Nova Caledônia, Nigéria, Niue, Omã, Panamá, Paquistão, Paraguai, Polinésia Francesa, Quênia, Quirguistão, Reunião, Ruanda, São Bartolomeu, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, Saint Martin/Sint Maarten, São Vicente e Granadinas, Samoa, São Tomé e Príncipe, Santa Helena, Senegal, Seychelles, Somália, Sri Lanka, Sudão, Suriname, Suazilândia, Tailândia, Timor-Leste, Trinidad e Tobago, Tristan da Cunha, Tanzânia, Uganda, Vietnã, Wallis e Futuna, Zâmbia e Zimbábue.

 

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Sobre Pedro

Apaixonado viajar e falar sobre viagem. De tanto que gosta do tema, resolvi fazer esse blog para contar sobre as viagens que fiz e as que estou planejando fazer. Fui a mais lugares do que já pensei que pudesse e a menos do que gostaria. Quando mais diferente a cultura, mais interessante fica a viagem. Além de “Disneymaníaco”, gosto especialmente de conhecer as mais diferentes culturas e pessoas.

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