O furacão Milton, que se aproxima da costa centro-oeste da Flórida, tem sido considerado um dos mais poderosos já registrados, segundo o National Hurricane Center (NHC). Durante férias na Disney, fomos surpreendidos pela gravidade da situação, recebendo um alerta no celular ao desembarcar de um cruzeiro, com instruções claras: estocar água e comida para pelo menos três dias.
Inicialmente, tentamos retornar ao Brasil antes do previsto, já que nosso voo estava marcado para o dia 10 de outubro. No entanto, todos os voos saindo de Orlando entre os dias 7 e 9 de outubro estavam lotados. Pouco depois, o aeroporto de Orlando anunciou o fechamento a partir das 9h da manhã do dia 9 de outubro, com a reabertura prevista apenas após a normalização da situação. No mesmo dia, a companhia aérea Azul nos informou que nosso voo havia sido cancelado.
Consideramos várias alternativas, incluindo voos para outras cidades dos Estados Unidos ou ir até Fort Lauderdale, onde o aeroporto permaneceria aberto. Contudo, o risco de deixar o hotel e não conseguir embarcar nos fez optar por permanecer em Orlando. A decisão foi influenciada por estarmos hospedados em um resort da Disney, onde acreditávamos que teríamos maior suporte e infraestrutura.
Nos preparamos para o pior, comprando mantimentos no Walmart e Target. Apesar do tom alarmista da cobertura televisiva inicial, logo entendemos a gravidade da situação, especialmente para as áreas costeiras, como Tampa. Lá, autoridades locais foram enfáticas: quem não atender ao pedido de evacuação das áreas de risco pode perder a vida. Tanto o presidente Joe Biden quanto o governador Ron DeSantis reforçaram essas recomendações.
Percebemos uma discrepância entre o que era noticiado no Brasil e a realidade local. A cobertura brasileira parecia amplificar o alarmismo, sem a devida contextualização da gravidade limitada a certas regiões, causando confusão entre nossos familiares. Para tranquilizá-los, começamos a enviar fotos que mostravam a normalidade em Orlando, como os parques ainda funcionando.
A comunidade brasileira foi crucial para nos manter informados. Canais no YouTube, como Turista Orlando e Ricardo Molina USA, forneceram atualizações importantes, explicando a situação de maneira clara e tranquilizadora, especialmente para os turistas brasileiros.
Apesar de bem preparados, tomamos precauções adicionais: estudamos rotas de fuga, identificamos abrigos próximos e montamos mochilas de emergência com roupas e alimentos.
Continuamos recebendo os alertas do governo local e seguindo todas as orientações passadas pelas autoridades americanas e também as atualizações passadas pela Disney.
A Disney mantem uma comunicação tranquila e eficiente, liberando atividades extras para os hóspedes e informando sobre o fechamento dos parques a partir de quarta-feira, 9 de outubro, às 14h.
Todas medidas adotadas pela Disney vêm sendo informadas por meio do aplicativo.
Agora, seguimos aguardando a passagem do furacão, aprendendo a lidar com um fenômeno tão distante da realidade brasileira. Traremos mais relatos em breve.